Impressão de alta tecnologia incrivelmente espetacular

O código QR foi "declarado morto" em 2013. Embora a pobre e incompreendida coisa nunca tenha atingido todo o seu potencial, ainda estão a ser feitos avanços na área da impressão de alta tecnologia.

Apesar dos avanços tecnológicos dos últimos anos, a impressão continua a ser muito procurada. Desde cartões de visita a folhetos, as prensas estão a funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana, para satisfazer as necessidades das empresas, instituições de caridade e indivíduos. Dito isto, os consumidores estão à procura de algo "mais" para causar uma boa impressão e melhorar o que podem oferecer. A impressão de alta tecnologia oferece muitas oportunidades neste domínio.

Aviso: algumas das ideias partilhadas neste blogue estão em fase experimental ou beta e ainda não estão amplamente disponíveis. Mas fique atento!

QR e NFC

Acho que é uma pena que o código QR ainda não tenha arrancado. Apesar de milhões de pessoas estarem coladas aos seus smartphones durante todo o dia, ainda não se aperceberam da sua utilidade. Por exemplo, vê um cartaz de um filme quando está à espera do autocarro? Digitalize o código QR e, com a combinação de geo-tagging, pode ser direcionado para comprar bilhetes para ver o filme no cinema local. Infelizmente, há demasiadas pessoas que ainda não compreenderam totalmente as vantagens dos códigos QR ou o processo real de os digitalizar e utilizar. O resultado é que os códigos QR são apresentados de forma desconcertante em sítios Web ou impressos em formatos de grandes dimensões e incluídos em vinis digitais para publicidade. Porque é que alguém iria digitalizar um código QR quando já está no site? Para onde é que o vai levar? E porquê imprimir um código de grandes dimensões no carro de um agente imobiliário? Quer que as pessoas o digitalizem de muito longe?

A NFC tornou-se indiscutivelmente mais popular, mas ainda é vista mais como uma novidade do que como uma parte da vida quotidiana. Utilizando um sinal bluetooth de baixo consumo de energia, pode ser implementada para alargar os serviços baseados na localização e oferecer ofertas baseadas em micro-localização em lojas de retalho, melhorar as experiências dos fãs em concertos ou eventos desportivos ou partilhar informações em escritórios ou edifícios públicos. Um excelente exemplo de impressão de alta tecnologia, a tecnologia NFC pode ser implementada em cartazes para serviços baseados na localização, como lembrar onde estacionou o seu carro num grande parque.

Tinta condutora

Ainda não é um lugar-comum nos meios de impressão, mas está a caminhar para isso, a tinta condutora pode ser o futuro da impressão de alta tecnologia. Pode ser utilizada para ligar tudo, desde painéis publicitários a cartões de visita, diretamente ao mundo digital. A tinta condutora permite que qualquer pessoa que entre em contacto com ela viva experiências memoráveis e multi-sensoriais. As suas utilizações incluem cartazes que reproduzem música da banda que estão a promover, folhetos que partilham informações com smartphones e cupões que fornecem informações exclusivas a clientes valiosos. O futuro da impressão de revistas pode também passar pela tinta condutora, que pode melhorar a forma como os leitores lêem cada edição. Além disso, a tinta condutora pode proporcionar um nível adicional de interação tecnológica com a realidade aumentada.

O Bare Conductive, de Londres, é um estúdio de design e tecnologia que desenvolveu uma tinta eléctrica acessível. Pode ser utilizada em cartolina para pintar e desenhar circuitos e mantém as suas propriedades mesmo quando revestida com outro material. Com esta tinta, podemos começar a pensar no papel como um potencial ecrã tátil; as possibilidades são infinitas.

Impressão eletrónica

No Brasil, a C&A usou a impressão de alta tecnologia para trazer o Facebook para dentro das revistas tradicionais, graças à agência de design DM9DDB de São Paulo. Atualmente, trata-se mais de uma experiência tecnológica, em que os leitores se registaram previamente no Facebook para receberem uma edição especial da revista, que vinha com um chip eletrónico personalizado. À medida que iam descobrindo conteúdos de que gostavam na revista, podiam tocar fisicamente num botão "like" que se ligava à rede social. Aclamado como mais um potencial desenvolvimento no futuro da impressão, este desenvolvimento eletrónico também destacou os meios de comunicação social como uma ferramenta promocional válida para o retalho.

TouchBase

Uma startup de estudantes do MIT nos Estados Unidos, chamada TouchBase, utiliza impressão de alta tecnologia que pode revolucionar cartões de visita. Cada cartão é impresso com circuitos de tinta condutora, que imitam o sinal eletrónico de uma impressão digital. Basta tocar com o cartão de visita no ecrã de um smartphone para transferir os dados do perfil digital em segundos. Cartões inovadores como este também podem ser ligados a perfis sociais ou partilhar outras informações, para além de levarem o utilizador a um perfil personalizado TouchBase.

Mudar o nosso pensamento

Todos estes exemplos, desde a utilização por vezes cómica de códigos QR até à tinta condutora, provam que existe tecnologia, capacidade e criatividade para criar materiais de impressão de alta tecnologia excepcionais. À medida que continuam a adaptar-se e a melhorar, o que também precisa de mudar é a forma como nós, consumidores, pensamos. Talvez à medida que mais pessoas se habituem a ouvir falar de desenvolvimentos na impressão de alta tecnologia, comecem a vê-la menos como um truque e mais como uma ferramenta viável e útil para melhorar as experiências dos consumidores e partilhar informações.

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